sábado, 27 de agosto de 2011

Santos, quem são?


Nosso Senhor nos manda "Orar uns pelos outros" (MT 5, 44). S. Tiago nos ordena de "orar uns pelos outros" (Tgo. 5, 16). S. Paulo diz que "ora pelos colossenses" (Col. 1, 3).

No evangelho de S. Mateus (22, 30), Jesus Cristo ensina que os "santos são como os anjos de Deus no céu". Zacarias diz: "que o anjo intercedeu por Jerusalém ao Senhor dos exércitos" (1, 12 -13).

Os justos, os santos e os anjos do Céu se interessam pelos homens, intercedem pelos homens, e devem ser invocados e louvados.

O arcanjo Rafael diz a Tobias: "Quando rezavas com lágrimas, e sepultavas os mortos, eu oferecia tua oração a Deus" (Tob. 7, 12) (Os protestantes tiraram esse livro).

S. Paulo, na mesma carta em que declara Jesus como único mediador entre Deus e os homens, indica também mediadores 'secundários' (I Tm 2, 1-5): "Recomenda que façam preces, orações, súplicas e ações de graças por todos os homens..." Pois, fazer orações por outros, é de fato, ser intercessor e mediador entre Deus e os outros.

A própria Bíblia aplica o título de mediador também a Moisés (Dt 5, 5): "Eu fui naquele tempo intérprete e mediador entre o Senhor e vós".

Quando a Sagrada Escritura diz que Nosso Senhor é o único caminho entre os homens e Deus, não quer dizer que entre os homens e Nosso Senhor não possa haver intercessores. É claro, só Nosso Senhor é o intercessor entre nós e Deus Pai, mas não significa que entre nós e Ele não existam pessoas que O conheceram, amaram e serviram de forma exemplar.

É por isso que a doutrina católica chama Nossa Senhora de "Mediatrix ad Christum mediatorem", isto é, "Medianeira junto a Cristo mediador". Deste modo, Cristo fica como único mediador entre Deus e os homens; e a Virgem Maria fica uma "medianeira junto a Cristo".

O poder de interceder está expresso em diversas passagens das Sagradas Escrituras, como nas Bodas de Caná, onde Nosso Senhor não queria fazer o milagre, pois "ainda não havia chegado Sua hora" e "o que temos nós a ver com isso (com a falta de vinho)?". Bastou Nossa Senhora pedir para que seu Filho fizesse o milagre, que Ele adiantou sua hora para atender à intercessão de sua Mãe Santíssima. Que tamanho poder de intercessão têm Nossa Senhora! Fazer com que Deus, por assim dizer, mudasse seus planos? É tal o poder de Nossa Senhora que a doutrina católica a chama de onipotência suplicante, ou seja, Aquela que tem, por meio da súplica a seu Filho, o poder onipotente!

Existem diversas passagens da Sagrada Escritura em que Deus só atende por meio da intercessão dos santos, como no caso de Jó (já visto), em que Deus expressamente mandou que o fiel pedisse através de seu servo Jó. Ou mesmo o caso do discípulo de Santo Elias, que só fazia milagres quando pedia através do Deus de Elias.

Ora, é natural que Deus atenda àqueles que estão mais perto dele do que àqueles que estão mais distantes. Quanto maior a virtude de uma pessoa, tanto mais perto de Deus ela está e tanto mais pode interceder por nós.

Portanto, fica comprovado que é útil a intercessão dos santos junto à Nosso Senhor Jesus Cristo, único mediador entre os homens e Deus-Pai.

Fonte:http://www.luso.com.br/santos.html

domingo, 21 de agosto de 2011

Quem é Maria Santíssima?


1. O caminho da salvação


Por meio dela Deus quis que o Salvador viesse a nós. Deus quis precisar de Maria (Gen 3,15)...´Ela te esmagará a cabeça´. É por Maria que devemos ir a Jesus, porque Jesus veio a nós por Ela.


2. É Mãe de Deus


Jesus é Deus. E Maria é Mãe de Jesus. Isabel lhe disse: ´A que devo a honra de receber a Mãe do meu Senhor?´(Lc 1,43) Os santos a chamam de ´Onipotência Suplicante´, isto é, pode tudo com as suas súplicas a seu Filho. TEOTHOKOS (Mãe de Deus) (Gal 4,4)


3. É Imaculada (08 de dezembro)


Isto é, foi concebida no seio de sua mãe (Sta. Ana) sem o pecado original, que todos os homens herdam dos pais. Maria foi preservada do pecado original pelo sacrifício de Jesus na Cruz. Deus antecipou para Ela a redenção. Para Deus o tempo não é obstáculo. Este doma foi proclamado pelo Papa Pio IX, 1854, solenemente, e confirmado pela própria Virgem em Lourdes, 4 anos depois, quando disse à menina Bernadete: ´Eu sou a Imaculada Conceição´, em 1858. Maria foi livre do pecado para que Jesus também o fosse; isto é, livre das cadeias do pecado, da morte e de Satanás, para poder vencê´lo e libertar a humanidade escrava.


4. Maria é sempre Virgem


Maria sempre quis ser Virgem, isto é, consagrada inteiramente a Deus. Mas Deus precisou dela para Mãe de seu Filho. Como para Deus tudo é possível, Ele a preservou Virgem perpetuamente. A Igreja ensina que Ela é ´Virgem antes do parto, Virgem no parto e Virgem após o parto´. É uma glória que Deus quis lhe dar. É dogma de fé. É um milagre, que não pode ser entendido pela ciência. (Concílio de Cápua, Itália, ano 381)


5. É a predileta do Pai


Maria foi a eleita do Pai entre todas as mulheres de todos os tempos e lugares. Isabel, cheia do Espírito Santo lhe disse; ´Bendita és tu entre as mulheres´(Lc 1,42). Foi a sua profunda humildade a razão de sua escolha por Deus. Ela mesma nos ensina isto no Magnificat: ´Ele olhou para a humildade de sua serva´(Lc 1,48). Quem se humilha será exaltado, disse Jesus. Ninguém se humilhou tanto como Maria, por isso ninguém foi tão exaltada como Ela. Ela mesma diz: ´Todas as gerações me proclamarão bem aventurada´(Lc 1,48). Sendo Mãe de Deus , o Rei, Ela foi humilde, simples, silenciosa, sofredora.... Maria só apareceu nas horas difíceis: Em Caná da Galiléia, no Calvário, na fuga para o Egito, no serviço a Isabel, etc... Os humildes são ocultos. Ela é ´cheia de graça´(Lc 1,30 e 28)


6. Maria é a Esposa do Espírito Santo


Ela concebeu Jesus pelo poder do Espírito Santo (Lc 1,35). Ele é seu Esposo. Onde está Maria está o Espírito Santo. Foi Ela que o trouxe em Pentecostes (At 2). Diz São Luiz de Montfort: ´Quanto mais o Espírito Santo encontra Maria em um coração, mais Ele vem a este coração e o santifica´. Deus quis ter Mãe, escolheu Maria, quis ter uma filha especial, imaculada, escolheu Maria, quis ter uma esposa, escolheu Maria. Que glória a de Maria!


7. Jesus foi submisso a Maria e a José


O criador se fez sujeito à sua criatura ´E ele lhes era submisso´ (Lc 2,51). Também no céu Maria continua Mãe de Jesus, a quem Ele tem a alegria de ´obedecer´. São José, depois de Maria, é o santo de maior glória e poder junto a Deus, por ter sido o eleito para pai adotivo (legal) de Jesus.


8. Maria é vitória de Deus contra o mal


Ela esmaga a cabeça da serpente infernal (Gen 3,15). É preciso estar protegido pelo seu manto virginal. É Ela que está arregimentando hoje o seu Exército de filhos fiéis para dar combate aos pecados do mundo: drogas, vícios, prostituição, homossexualismo, violências, ódios, assassinatos, corrupção, etc... É preciso rezar o Terço todos os dias, até o Rosário todo, para ter a força de Maria. Falar aqui sobre a importância do Rosário. Rezando´o, contemplamos a vida toda de Jesus. Em cada Ave´Maria lhes saudamos com a mesma saudação do Arcanjo Gabriel e Sta. Isabel, e pedimos que ela rogue por nós.


9. Ela é medianeira de todas as graças


Maria é o canal de todas as graças. Se Jesus, a maior graça, a salvação, veio por Maria, é lógico que as outras graças, que são menores que essa, também vêm por Maria. Ela é a ´Avenida´ ampla e perfumada que Deus abriu para chegarmos a Ele. Não queira usar outro caminho. As bodas de Caná mostra o poder intercessor de Maria (Jo 2). Explorar isto. ´Pede á Mãe que o ´Filho atende´.


10. Maria é nossa Mãe


Jesus no´la deu como Mãe, na Cruz. Na hora de sua morte, isto é muito significativo. Ela oferecia Jesus na cruz ao Pai, por nós, ao mesmo tempo Jesus a fazia nossa Mãe. De verdade, não só de palavras.(Jo 19,25´27) ler. Ela é a nossa Mãe espiritual. É ela que forma e modela a nossa alma para Deus. Ela nos leva ao caminho da santidade, de modo rápido, fácil, seguro e curto. Ela ´adocica´ a nossa cruz de cada dia, como a Mãe adocica o remédio amargo que o filho precisa beber. Leve Maria para sua casa (no seu coração) como São João o fez. Ela o guiará, sustentará na fé, protegerá nos perigos e ensinará na lei de Deus.


11. Maria foi Assunta ao céu (15 de agosto)


Levada ao céu de corpo e alma. Só Ela e Jesus estão com os seus corpos no céu. Os santos só estão com as sus almas. Os corpos só ressucitarão no juízo final. Maria já ressucitou, está gloriosa de corpo e alma diante de Deus e intercede por cada um de seus filhos com poder. Ela prepara para nós um lugar no céu. ´Nós somos cidadãos do céu´(Fil 3,20) disse São Paulo. Maria nos espera lá. É dogma de fé proclamado por Pio XII em 195.


12. Maria é a Rainha do Universo


Veja (Apoc 12,1). É o universo glorificando a sua Rainha. O sol, a lua e as estrelas era tudo o que os antigos conheciam do universo. A Mãe do Rei é Rainha. Festa celebrada pela Igreja em 22 de agosto. Todo o poder foi dado a Maria abaixo de Deus, no céu, na terra e nos infernos. Todos lhe foram submissos: anjos, homens, demônios.

Fonte:http://www.cancaonova.com/portal/canais/formacao/internas.php?id=&e=3224

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

O celibato


o celibato possui um valor positivo e é reconhecido como estado de vida ao lado do matrimônio. Tanto um como o outro eram vistos como carismas particulares. É possível que tenham havido casos de matrimônios "espirituais", em que homem e mulher viviam juntos como irmãos (Paulo fala de uma situação como esta em sua primeira epístola aos Coríntios, por volta do ano 57). No final do séc. I e no séc. II existem muitos homens e mulheres celibatários (ascetas e virgens) "em honra da carne do Senhor" (Inácio de Antioquia). A princípio, havia uma ambigüidade entre a virgindade e o estado de viuvez permanente. Por volta de 150, Justino se refere a homens e mulheres que se conservaram "incorruptos", alcançando a idade de 60 ou 70 anos. O mesmo diz Atenágoras, em torno do ano 177. Apesar disso, ainda não existe no séc. II uma forma definida para o celibato cristão.

Na virada do segundo para o terceiro século, sob influência da gnose e do encratismo, surgem apologias a favor do celibato como estado de vida melhor do que o matrimônio. Clemente de Alexandria defende a santidade do casamento e ensina que a continência só é virtuosa quando vivida por amor a Deus. Aos poucos começa a se impor um novo ponto de vista, que considera a virgindade como uma forma de matrimônio místico com o Senhor. Após o ano 200, as "virgines Deo devotae" usam véu para indicar suas núpcias espirituais . Mas o voto de virgindade não possui caráter de ordenação, como atesta Hipólito em sua Tradição Apostólica.

Para Orígenes (que havia se castrado depois de ler Mt 19,12, detalhe peculiar) a virgindade supera o matrimônio porque enquanto este é figura da união de Cristo com a Igreja, aquela é sua realização mística e mais perfeita. Novaciano compara a virgindade com o estado angélico e Tertuliano leva ao extremo a sua exaltação, influenciado pelo montanismo. Cipriano vê a consagração virginal como esponsais com Cristo. Ele é o primeiro a usar o termo "virgindade" para se referir ao celibato masculino. Metódio de Olimpo (+311) fala dos celibatários Elias, Eliseu, João Batista, João Evangelista e Paulo, entre outros.

A Igreja síriaca, até o séc. III, conserva o costume do celibato em família (os filhos consagrados permaneciam com os pais). Efrém reagirá contra esta prática. Hilário de Poitiers chamará de caelebs o não casado por razões de fé e de coelibatus o seu estado de vida.

Atanásio (295-373), que conhece o ideal monástico de Santo Antão, define o matrimônio como "via mundana", enquanto a virgindade é o caminho mais eficaz para alcançar a perfeição.

Quando se encerrar o terceiro século, o celibato terá finalmente encontrado seu lugar na vida e na espiritualidade cristãs: estado superior ao casamento, comparado com a condição angélica, esponsais com Cristo, núpcias místicas, oferecimento total e perfeito a Deus. O monaquismo lhe dará forte impulso.

No ano 300, o Concílio de Elvira, na Espanha, determina a obrigatoriedade do celibato para os padres e bispos da província. Com o passar do tempo esta disciplina se estenderá a toda a Igreja.